quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Um Passo Apenas

Não importa há quanto tempo você
esteja andando para o Norte, com apenas
um passo você é capaz de andar para o Sul.
O que é preciso para dar uma
volta de cento e oitenta graus na sua vida?
Apenas um passo.

Você está a apenas um passo de uma dieta mais equilibrada,
a um passo de melhorar suas finanças pessoais,
a um passo de ser um profissional muito melhor,
a um passo de ter um relacionamento mais gratificante.

Daqui a um minuto, seus piores problemas
podem estar todos atrás de você,
ao invés de estarem na sua frente.

Com apenas um passo,
o melhor dia da sua vida pode ainda estar por vir,
e não estar perdido em algum lugar do passado distante.
Num instante, todas as energias negativas na sua vida
podem ser redirecionadas para alguma coisa positiva.

Apenas um passo é necessário para romper essa inércia,
e dar à sua vida o rumo que você realmente gostaria que ela tivesse.

(Ralph Marston)

Um Passo Apenas

Não importa há quanto tempo você
esteja andando para o Norte, com apenas
um passo você é capaz de andar para o Sul.
O que é preciso para dar uma
volta de cento e oitenta graus na sua vida?
Apenas um passo.

Você está a apenas um passo de uma dieta mais equilibrada,
a um passo de melhorar suas finanças pessoais,
a um passo de ser um profissional muito melhor,
a um passo de ter um relacionamento mais gratificante.

Daqui a um minuto, seus piores problemas
podem estar todos atrás de você,
ao invés de estarem na sua frente.

Com apenas um passo,
o melhor dia da sua vida pode ainda estar por vir,
e não estar perdido em algum lugar do passado distante.
Num instante, todas as energias negativas na sua vida
podem ser redirecionadas para alguma coisa positiva.

Apenas um passo é necessário para romper essa inércia,
e dar à sua vida o rumo que você realmente gostaria que ela tivesse.

(Ralph Marston)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eu já fui invisível na UFBA

TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO




'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,
constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu
comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma
percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão
social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de
R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não
como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP
passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes,
esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me
ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão',
diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma
garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha
caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra
classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns
se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo
pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num
grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei
o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e
claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de
refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem
barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada,
parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar
comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí
eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na
biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse
trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O
meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da
cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar,
não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a
situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se
aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar
por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse
passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito
que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses
homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa
deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são
tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.


Eu e alguns colegas éramos os homens transparentes na UFBA, no curso de Direito, entre 1990 e 1995.
Graças a Deus, havia uma minoria, que tinha amor no coração e falava conosco.
Mas era minoria.
Principalmente eram invisíveis os alunos que não tinham carro ou chegavam do trabalho com o corpo suado, como se essa situação, em Salvador, BA, fosse uma doença.



*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
Respeito: passe adiante!

Paz e luz a todos.