sábado, 28 de março de 2009

Escutatória, por Rubem Alves

Escutatória (Rubem Alves)

"Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.

Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.

Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.

Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.

É preciso também não ter filosofia nenhuma.

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.

Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:

Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.

É preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Daí a dificuldade:

A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...

Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.

Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...

E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.

No fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.

Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.

Há um longo, longo silêncio.

Vejam a semelhança...

Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...

Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial.. Aí, de repente, alguém fala.

Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos...

Pensamentos que ele julgava essenciais.

São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.

Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.

Na verdade, não ouvi o que você falou.

Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.

Falo como se você não tivesse falado.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.

É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

E, assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.

E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência...

E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.

No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.

Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...

Que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.

Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto."

Confesso que não sou bom ouvinte, mas tenho a convicção que posso aprender!

terça-feira, 24 de março de 2009

CARTA ABERTA AO ARCEBISPO DE OLINDA E RECIFE, D. JOSÉ CARDOSO SOBRINHO

"CARTA ABERTA AO ARCEBISPO DE OLINDA E RECIFE, D. JOSÉ CARDOSO SOBRINHO

Caro D. José;
Escrevo sobre a excomunhão dos médicos que praticaram o aborto dos
gêmeos da menina estuprada pelo padrasto, em Pernambuco.

Inicialmente, digo que não pretendo questionar ou criticar sua decisão:
o senhor agiu corretamente, em consonância com os dogmas e postulados
da Igreja Católica.

Gostaria de pedir, isso sim, que já que o senhor está tomado pelo
espírito de justiça segundo as Leis de Deus e as normas da Igreja, que
prosseguisse com as excomunhões.

Sugiro, por exemplo, que excomungue os políticos e servidores públicos corruptos, eis que eles violaram um Mandamento da Lei de Deus (não furtarás).

De quebra, o senhor poderia também excomungar os padres pedófilos, já que eles pecaram - de forma gravíssima, pecado mortal! Aliás, eu gostaria de perguntar: o criminoso e pecador padrasto da pobre menina violentada, esse foi excomungado?

Prosseguindo, o senhor deveria excomungar também as mulheres católicas que usam anticoncepcionais e os jovens católicos que fazem sexo antes do casamento usando camisinha, pois eles pecam contra a castidade, usando de artifícios para ter sexo apenas por prazer, e não para procriação.

Também excomungue os católicos divorciados, já que estes estão em permanente adultério. E já que está com a mão na caneta, aproveite e excomungue também os homens católicos que tem amantes, uma vez que estes também são adúlteros.

São as minhas humildes sugestões ao senhor, pelo bem do cumprimento da Lei de Deus!

Atenciosamente,

Alan Lacerda de Souza Advogado e Professor
Brasília/DF

P.S.: A mim o senhor não precisa se preocupar em excomungar: de acordo com o cânon 751 do Cód. de Direito Canônico eu sou um herege, e por iss já fui excomungado latae sententiae, segundo o cânon 1.364, § 1º. Graças a Deus!"

sexta-feira, 20 de março de 2009

VOCÊ É SUBSTITUÍVEL !!!

VOCÊ É SUBSTITUÍVEL !!!


Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E o Beethoven?

- Como? - O encara o diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa história esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substitui Beethoven?
Tom Jobim?
Ayrton Senna?
Ghandi?
Frank Sinatra?
Garrincha?
Santos Dumont?
Monteiro Lobato?
Elvis Presley?
Os Beatles?
Jorge Amado?
Pelé?
Paul Newman?
Albert Einstein?
Picasso?
Zico?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo...

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:
.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça:

Você é um talento único.....com toda certeza ninguém te substituirá.

"A vida é curta, quebre regras, perdoe rapidamente, beije demoradamente, ame verdadeiramente, ria incontrolavelmente, e nunca deixe de sorrir, por mais estranho que seja o motivo.

A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas enquanto estamos aqui, devemos aproveitá-la ao máximo."

quinta-feira, 12 de março de 2009

Vacina anti-câncer

Vacina anti-câncer - REPASSEM A TODOS!

Boas notícias são para partilhar
Já existe vacina anti-câncer (pele e rins). Foi desenvolvida por
cientistas médicos brasileiros, uma vacina para estes dois tipos de
câncer, que mostrou-se eficaz, tanto no estágio inicial como em fase
mais avançada.
A vacina é fabricada em laboratório utilizando um pequeno pedaço do
tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o
médico oncologista do paciente

Nome do médico que desenvolveu a vacina:
José Alexandre Barbuto
Hospital Sírio Libanês - Grupo Genoma.
Telefone do Laboratório:0800-7737327 - (falar com Dra. Ana Carolina ou
Dra. Karyn, para maiores detalhes)
www.vacinacontraocancer.com.br

Isto sim é algo que precisa ser repassado..........Alguém pode estar
precisando !!!!!
Por favor, divulguem esta vitória da medicina genética brasileira!!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA
Miguezim de Princesa


I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a ig reja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na linguiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.


Agradecimentos à Djaman Barbosa

terça-feira, 10 de março de 2009

MATEMÁTICA DE MENDIGO

Tenho que dar os parabéns ao estagiário que elaborou essa pesquisa, pois o resultado que ele conseguiu obter é a mais pura realidade.


Preste atenção...


Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar pelo menos R$ 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = R$6,00.




Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 6 = R$ 1.200,00.
Será que isso é uma conta maluca?

Bom, 6 reais por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centavos e sim 20, 50 e às vezes até 1,00.
Mas, tudo bem, se ele faturar a metade: R$ 3,00 por hora terá R$600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.
Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de R$1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranqüilo debaixo de uma árvore por mais 9 viradas do sinal de trânsito, sem nenhum chefe pra 'encher o saco' por causa disto.
Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.
De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na padaria. Então lhe perguntei quanto ela faturava por dia. Imagine o que ela respondeu?
É isso mesmo, de 35 a 40 reais em média o que dá (25 dias por mês) x 35 = 875 ou 25 x 40 = 1000, então na média R$ 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.
Moral da História :
É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR), e pelo visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo...
Se esforce como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor.
Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arrumar emprego.
E lembre-se :


Mendigo não paga 1/3 do que ganha pra sustentar um bando de ladrão.

Viva a Matemática.

Que país é esse?

Desconheço a autoria...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Quem se habilita?

A arte de gostar de mulher

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na Uerj, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda.

Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: "para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher".

Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou. - Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo.

Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso - afirmou. O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita.

Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente.

Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso.

Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso. É escutar pacientemente todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente é assim porque seu homem não gosta de mulher. O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida.

O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade. "Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro", afirmou Vinícius de Morais no poema Para viver um grande amor.

Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher.

Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostamos de mulher é que conquistamos várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino. Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade.

Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês - por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. É a Have you really loved a woman? do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dá-la apoio, para amar realmente uma mulher.

Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil. Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser macho de verdade para isso. Quem se habilita?

Galera, não sei quem escreveu, mas é isso aí...

terça-feira, 3 de março de 2009

Amigos

Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula.
Seu nome era Kyle.Parecia que ele estava carregando todos os seus livros.
Eu pensei:
'Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve ser mesmo um C.D.F'!
O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol com meusamigos Sábado à tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho..
Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção a Kyle.
Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços, empurrando-ode forma que ele caiu no chão.
Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns metros de ondeele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza em seus olhos.
Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele engatinhavaprocurando por seus óculos.
Pude ver uma lágrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os óculos,disse: 'Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente deviam arrumar uma vida própria'. Kyle olhou-me nos olhos e disse: 'Hei, obrigado'!
Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava.
Por coincidência ele morava perto da minha casa, mas não havíamos nos visto antes, porque ele freqüentava uma escola particular.
Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei seuslivros. Ele se revelou um garoto bem legal.
Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus amigos. Eledisse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais euconhecia Kyle, mais gostava dele.
Meus amigos pensavam da mesma forma.
Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa delivros outra vez! Eu o parei e disse:
'Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa pilha de livros assim todos os dias!'.
Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro anosseguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando estávamosnos formando começamos a pensar em Faculdade.
Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para a Duke. Eu sabia que seríamossempre amigos, que a distância nunca seria problema. Ele seria médico e euia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial denossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C..D.F.
Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estava super contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar.
No dia da Formatura Kyle estava ótimo.
Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola. Estavamais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos.
Ele saía com mais garotas do que eu e todas as meninas o adoravam! Às vezeseu até ficava com inveja.
Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso sobre odiscurso. Então, dei-lhe um tapinha nas costas e disse: 'Ei, garotão, vocêvai se sair bem!'
Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse:
-'Valeu'!
Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso:
'A Formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um treinador, mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar.Voucontar-lhes uma história:'
Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana! Contou a todos como havia esvaziado seu armário na escola, para que sua Mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa.
Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso.
'Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominável!' Eu observava onó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.
Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma gratidão.
Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia.
Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudara vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior.
Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto, uns sobre o outro de alguma forma.

PROCURE O BEM NOS OUTROS!

AGORA VOCÊ TEM 2 OPÇÕES:
1) Passar esta história aos seus amigos ou;

2) Apagar este texto e agir como se ele não tivesse tocado o seu coração.

Como você pode ver, eu escolhi a primeira opção.

Esta mensagem mostra o quanto os meus amigos são importantes pra mim!

Obrigado, Roberto.