quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A gripe misteriosa

Imagine que é uma típica tarde de sexta - feira e você está
dirigindo em direção à sua casa.Você sintoniza o rádio. O noticiário está falando de coisas de pouca importância.
Você ouve que numa cidadezinha distante morreram 3 pessoas de uma gripe, até então, totalmente desconhecida. Não presta muita atenção ao tal acontecimento e esquece o assunto. Na segunda-feira, quando acorda, escuta que já não são 3, mas 30.000, as pessoas mortas pela tal gripe, nas colinas remotas da Índia. Um grupo do Controle de Doenças dos EUA foi investigar o caso. Na terça-feira, já é a notícia mais importante, ocupando a primeira página de todos os jornais, pois já não é só na Índia, mas também no Paquistão, Irã e Afeganistão.






Enfim, a notícia se espalha pelo mundo. Estão chamando a doença de " La Influenza Misteriosa ", e todos se perguntam: Que faremos para controlá-la?
Então, uma notícia surpreende a todos: A Europa fecha suas fronteiras. A França não recebe mais vôos da Índia, nem de outros países dos quais se tenham comentado de casos da tal doença. Por causa do fechamento das fronteiras,você está ligado em todos os meios de comunicação, para manter-se informado da situação e, de repente, ouve que uma mulher declarou que num dos hospitais da França, um homem está morrendo por causa da tal "Influenza Misteriosa".. Começa o pânico na Europa. As informações dizem que, quando você contrai o vírus, é questão de uma semana de vida. Em seguida, as pessoas têm 4 dias de sintomas horríveis e morrem.





A Inglaterra também fecha suas fronteiras, mas já é tarde. No dia seguinte, o presidente dos EUA fecha também suas fronteiras para Europa e Ásia, para evitar a entrada do vírus no país, até que encontrem a cura.No dia seguinte, as pessoas começam a se reunir nas igrejas, em oração pela descoberta da cura, quando, de repente, entra alguém na igreja, aos gritos: " Liguem o rádio! Liguem o rádio! Duas mulheres morreram em Nova York !".
Em questão de horas, parece que a coisa invadiu o mundo inteiro.Os cientistas continuam trabalhando na descoberta de um antídoto, mas nada funciona.
De repente, vem a notícia esperada: conseguiram decifrar o código de DNA do vírus. É possível fabricar o antídoto! É preciso, para isso, conseguir sangue de alguém que não tenha sido infectado pelo vírus.





Corre por todo o mundo, a notícia de que as pessoas devem ir aos hospitais fazer análise de seu sangue e doar para a fabricação do antídoto.
Você vai de voluntário com toda sua família, juntamente com alguns vizinhos, perguntando-se, o que acontecerá. Será este o final do mundo? De repente, o médico sai gritando um nome que leu em seu caderno. O menor dos seus filhos está ao seu lado, se agarra na sua jaqueta, e lhe diz:
Pai? Esse é meu nome!
E antes que você possa raciocinar, estão levando seu filho, e você grita:
"Esperem!"
E eles respondem:
"Tudo está bem! O sangue dele está limpo, e é sangue puro.






Achamos que ele tem o sangue que precisamos para o antídoto."
Depois de 5 longos minutos, saem os médicos chorando e rindo ao mesmo tempo.
E é a primeira vez que você vê alguém rindo em uma semana.O médico mais velho se aproxima de você e diz: - "Obrigado, senhor! O sangue de seu filho é perfeito, está limpo puro, o antídoto finalmente poderá ser fabricado."
A notícia se espalha por todos os lados. As pessoas estão orando e rindo de felicidade. Nisso, o médico se aproxima de você e de sua esposa, e diz:
-"Posso falar-lhes um momento? Não sabíamos que o doador seria uma criança e precisamos que o senhor assine uma autorização para usarmos o sangue de seu filho."






Quando você está lendo, percebe que não colocaram a quantidade de sangue que vão usar, e pergunta:
"Mas, qual a quantidade de sangue que vão usar?"
O sorriso do médico desaparece e ele responde:
- "Não pensávamos que fosse uma criança. Não estávamos preparados....Precisamos de todo o sangue de seu filho..."Você não pode acreditar no que ouve e trata de contestar:"Mas...mas..."
O médico insiste:
-"O senhor não compreende? Estamos falando da cura para o mundo inteiro! Por favor, assine! Nós precisamos de todo o sangue!"
Você, então, pergunta:-"Mas vocês não podem fazer-lhe uma transfusão?"E vem a resposta:"Se tivéssemos sangue puro, poderíamos. Assine! Por favor, assine!" Em silêncio, e sem ao menos poder sentir a caneta na mão, você assina.






Perguntam-lhe: -"Quer ver seu filho agora?"
Ele caminha na direção da sala de emergência onde se encontra seu filho, que está sentado na cama, e ele diz: -"Papai!? Mamãe!? O que está acontecendo?"
O pai segura na mão dele e fala: -"Filho, sua mãe e eu lhe amamos muito e jamais permitiríamos que lhe acontecesse algo que não fosse necessário, você entende?" O médico regressa e diz:-"Sinto muito senhor, precisamos começar, gente do mundo inteiro está morrendo, o senhor pode sair?"
Nisso, seu filho pergunta: -"Papai? Mamãe? Por que vocês estão me abandonando?"
E na semana seguinte, quando fazem uma cerimônia para honrar o seu filho, algumas pessoas ficam em casa dormindo, e outras não vêm, porque preferem fazer um passeio ou assistir um jogo de futebol na TV.






E outras veêm, mas como se realmente não estivessem se importando. Aí você tem vontade de parar e gritar:
- MEU FILHO MORREU POR VOCÊS!!! NÃO SE IMPORTAM COM ISSO?
Talvez isso é o que DEUS nos quer dizer:
-MEU FILHO MORREU POR VOCÊS!!! NÃO SABEM O QUANTO EU OS AMO?
É curioso como é simples para algumas pessoas debocharem de Deus, e dizer que não entendem como o mundo caminha de mal para pior. É curioso como acreditamos em tudo aquilo que lemos nos jornais, mas questionamos as palavras de Deus. É curioso como todos querem ir para o Céu, mas nada fazem para merecê-lo. É curioso como as pessoas dizem: "Eu creio em Deus!", mas com suas ações, mostram totalmente o contrário.






É curioso como você consegue enviar centenas de piadas através de um correio eletrônico, mas quando recebe uma mensagem a respeito de Deus, pensas duas vezes antes de compartilhá-la com os outros.
É curioso como a luxúria, crua, vulgar e obscena, passa livremente através do espaço, mas a discussão pública de DEUS é suprimida nas escolas e locais de trabalho. CURIOSO, NÃO É?
É curioso como me preocupo com o que as pessoas pensam de mim, mas não me preocupo com aquilo que DEUS possa pensar de mim. Depois de terminar de ler esta mensagem, se realmente sentir em seu coração que deve compartilhá- la, envie aos seus amigos. Talvez eles estejam precisando, exatamente, de ler uma mensagem como esta.
Pensem nisso...






SOMENTE REPITA ESTA FRASE E VEJA COMO SE MOVE DEUS
"SENHOR, TE AMO E NECESSITO DE TI, ESTÁS EM MEU CORAÇÃO , ABENÇOE MINHA FAMÍLIA, MINHA CASA, MINHAS FINANÇAS E OS MEUS AMIGOS.
EM NOME DE JESUS ,
AMÉM!"

Passe esta mensagem a todos de seu catálogo de endereço,exceto eu. Amanhã receberás um milagre, não ignore e que Deus te bendiga!!!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O esperado resultado...

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.

Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz?
As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.

Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar.
É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.

Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.
Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.

Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas.

Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.

Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade, a de amar...
Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.

Ora, esse sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento...
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final:
ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.

(Autoria: Roberto Crema)


Bem, abaixo relaciono a lista dos aprovados na terceira e final etapa de estágio.

Continuem estudando, é o melhor caminho, o mais seguro, o mais digno, embora, às vezes, o mais difícil.

1º lugar - GABRIELA PEREIRA DE SOUZA
2º lugar - LETÍCIA OLIVEIRA DE SOUZA
3º lugar - VITÓRIA DE BASTOS GENÚ
4º lugar - TAÍS ALENCAR DOS SANTOS
5º lugar - PRISCILA FERNANDA MOURA
6º lugar - RAFAELA DE ALMEIDA BONFIM

O primeiro e segundo lugares deverão comparecer à Sede da Justiça do Trabalho, nº 150, Bom Jesus da Lapa, com os documentos a seguir elencados: comprovante de residência, cópia da identidade, cópia do CPF, certidão que está regularmente matriculado na escola à qual está vinculada.

Parabéns a todos. Obrigado Bom Jesus da Lapa.
Saúde e paz.
Feliz Natal, em Cristo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A terceira e última etapa vem aí...

Tente Outra Vez
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Marcelo Motta / Paulo Coelho

Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha em fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!...
Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!...
Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!...
Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!...
Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Han!
Tente outra vez!...

Todos cantaram.
Foi lindo. Emocionante.

Mas entre os chamados, há concurseiros, e a lista cresceu.
Confira os nomes convidados para a terceira etapa (entrevista para avaliação final) a se realizar em 11/12/2009, 14h (sexta) no Fórum Rodrigues Pinto, 150.


Bárbara Ferreira Leite (Concurseira – menor que a idade mínima legal para estágio)
Bianca de Bastos Genú (Concurseira – menor que a idade mínima legal para estágio)
Everton Luiz Reis de Brito
Gabriela Pereira de Souza
Ilma dos Santos Farias
Jandher Carlos Ferrera Porto
Keila Ferreira Gomes
Letícia Oliveira de Souza
Marcos Rondinelli Gomes Silva
Naidia Cardoso de Souza
Priscila Fernanda Moura Nogueira
Rafaela de Almeida Bonfim
Rafaela Oliveira da Silva
Sueli Rodrigues de Azevedo
Tainara Lemos Silva (Concurseira – concluindo ensino médio com louvor - terceiro ano)
Vitoria de Bastos Genú
Viviane Alves Gonçalves (Concurseira– concluindo ensino médio com louvor - terceiro ano)

Os concurseiros, se aprovados, não estão habilitados às vagas, por impedimento legal.

Obrigado pela paciência e amor com que participaram. Inesquecível.

Saúde e paz.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vou divulgar a lista dos que superaram a nota mínima na redação (que foi cinco pontos) de um máximo de dez pontos possíveis.
Se seu nome não está na lista abaixo, não se preocupe, outras oportunidades virão.
Todos os que estiveram dia 28/11/2009 no Colégio Modelo de Bom Jesus da Lapa já são pessoas especiais, e já superaram vários obstáculos, principalmente a timidez própria de adolecente, indo se expor em um concurso.

Apresento abaixo alguns pensamentos de OSHO, um cara diferente, que somente conheci através dos livros.

"Faça todas as coisas criativas, faça o melhor a partir do pior - isso é o que eu chamo de arte..."

"Quanto mais profundo você vai para dentro da vida, mais entende a imortalidade dentro de você..."

"Criamos continuamente possibilidades em torno de nós, mas nos surpreendemos quando elas acontecem..."

"O rio passa ao lado de uma árvore, cumprimenta-a, alimenta-a, dá-lhe água... e vai em frente, dançando. Ele não se prende à árvore..."

"Na raiva você não pode manter as suas mãos abertas: na raiva, a mão sempre se fecha..."

"Transforme pequenas coisas em celebração... Tudo o que você faz deveria expressar a si próprio; deveria ter a sua assinatura. Então a vida se torna uma celebração contínua..."

"É você que cria o seu próprio mundo. Talvez a maior descoberta da história da humanidade seja o poder da nossa mente em criar praticamente qualquer aspecto da nossa vida..."


Bom, após tudo isso, a galera que está listada abaixo é a convocada para dia 08/12/2009 participar, querendo, da segunda etapa, que será na Rua dos Escoteiros, 150, Justiça do Trabalho, a partir das 09:00 hs da manhã.

Os alunos do Modelo devem levar o histórico escolar, e duas fotos, sem falta.

Aos demais que não foram selecionados, continuem estudando, esse é o único caminho!

Seus dados estão preservados e as fichas e fotos já entregues serão devolvidas à sua escola até 04/12/2009 (sexta).

Parabéns a todos.

Andreia Bonfim de Aquino
Arlene Pereira de Oliveira
Barbara Ferreira Leite
Bianca de Bastos Genú
Camila Pereira Reis Abreu
Cleslley Josafá Viana Pinto
Dyvanclyff Fernandes Carvalho
Eules Pereira da Mata
Everton Luiz Reis de Brito
Gabriela Pereira de Souza
Givaldo de Araújo Santos
Grace Kelly F. da Silva
Ilca Maria silva Novais
Ilma dos Santos Farias
Jandher Carlos Ferrera Porto
Jonathas Roberio Dias Ferreira
Jovina Moreira dos Santos
Karianne Sousa Gusmão
Karina Ferreira Gomes
Keila Ferreira Gomes
Letícia Oliveira de Souza
Luã Alves do Nascimento Virgens
Lucidon Santos Damasceno
Maeli Alves Barbosa
Marcos Rondinelli Gomes Silva
Mirele Silva Araujo
Naidia Cardoso de Souza
Niele Fogaça dos Santos
Pedro Henrique dos Santos Silva
Priscila Fernanda Moura Nogueira
Rafaela de Almeida Bonfim
Rafaela Oliveira da Silva
Rafaela Pereira Pires
Ruth dos Santos Souza
Sueli Rodrigues de Azevedo
Tainara Lemos Silva
Tais Alencar dos Santos
Ueider de Souza Cardoso
Vitoria de Bastos Genú
Viviane Alves Gonçalves


Paz e bem, rapaziada!!!!

sábado, 28 de novembro de 2009

GABARITO - PROVA - SELEÇÃO DE ESTÁGIO

Em primeiro lugar quero agradecer a todos os que participaram.
A democracia se conquista dia-a-dia, passo a passo.
Continuem estudando, esse é o único caminho.
Então, o GABARITO OFICIAL:

1-A
2-B
3-C
4-C
5-D
6-A
7-C
8-D
9-A
10-D
11-E
12-D
13-A
14-B
15-E
16-D
17-E
18-D
19-B
20-C

Saúde e paz.
Até 04/12/2009 com o resultado final dos selecionados para a segunda etapa.
Colocarei as fotos no orkut.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

SELEÇÃO DE ESTÁGIO - FICHA DE INSCRIÇÃO

VARA DO TRABALHO DE BOM JESUS DA LAPA

SELEÇÃO DE ESTÁGIO

FICHA DE INSCRIÇÃO

1. DADOS PESSOAIS

NOME:

NOME DA GENITORA:

CPF: RG: SSP/

NATURALIDADE: DATA DE NASCIMENTO:

INSTITUIÇÃO DE ENSINO:

CURSO: ANO: TURNO DE ESTUDO:

2. DADOS COMPLEMENTARES

ENDEREÇO:


BAIRRO:

CIDADE: UF:

CEP: COMPLEMENTO:

E-MAIL:

TELEFONES

P/ CONTATO:

RESIDÊNCIA:

CELULAR:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO - Estágio - BOM JESUS DA LAPA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Aos 9 de novembro de 2009, o Diretor da Vara do Trabalho de Bom Jesus da Lapa do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, no uso de suas atribuições funcionais,

RESOLVE

Convocar os(as) alunos(as) interessados(as) em participar da seleção para o preenchimento de 02 (duas) vagas de ESTÁGIO DE ENSINO MÉDIO, a ser realizada no dia 28/11/2009 (sábado), das 09horas às 12horas, em local a ser divulgado nas escolas até o dia 26/11/2009.

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO:
 1ª Fase – Prova escrita – 28/11/2009 (sábado) - 09:00h;
 2ª Fase – Análise da vida escolar;
 3ª Fase – Entrevista (Psicoteste e habilidades em informática) para os 40 primeiros colocados – 08/12/2009 às 09:00h (terça-feira, na Sede da Vara do Trabalho);

PRÉ-REQUISITOS:
 Alunos/as regularmente matriculados/as do 1º ao 3º anos do ensino médio;
 Candidatos/as com 16 (dezesseis) anos completos até 31/12/2009;
 Ter conhecimento básico em informática.
 Para os alunos/as menores de 16 anos serão admitidas inscrições para experiência, não concorrendo às vagas, por impedimento legal.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:
 Cópias do RG e CPF;
 02 (duas) fotos 3x4 (recentes);
 Cópia da ficha ou histórico escolar atualizado;
 Formulário de inscrição devidamente preenchido, entregue na Direção da escola até o meio dia do ultimo dia de inscrição (25/11/2009).
Obs.: O formulário de inscrição estará disponível nas escolas.
Também pode ser encontrado no blog http://valman10.blogspot.com

Conteúdo programático – 1ª fase:
 Conhecimentos gerais;
 Artigo 5º da Constituição Federal e seus incisos;
 Matemática do ensino fundamental (5ª a 8ª séries);
 Redação de no máximo trinta linhas, com o mínimo de quatro parágrafos, não podendo ser usada letra de forma.

Período de inscrição: 10 a 25 de novembro de 2009.
Local inscrição: Secretaria da sua Escola onde o/a candidato/a encontra-se
efetivamente matriculado/a e conveniadas ao CIEE.


José Valman Peixoto de Carvalho Júnior
Diretor de Secretaria

sábado, 31 de outubro de 2009

O que é a vida?

ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS, CLEAVELAND, OHIO.

"Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me
ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi.
Meu taxímetro chegou aos 90 em Agosto, então aqui está a coluna mais uma
vez:

01. A vida não é justa, mas ainda é boa.
02. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
03. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
04. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
05. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês!
06. Você não tem que vencer todo argumento... Concorde para descordar.
07. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
08. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele aguenta.
09. Poupe para aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão
11. Sele a paz com seu passado para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só
depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite não como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não
guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante, depois deixe-se levar pela maré..
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.
26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Independentemente se a situação é boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão à sério.. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres
34. Deus te ama por causa de quem Deus é, não pelo o que você fez ou
deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que a alternativa: morrer jovem
37. Seus filhos só têm uma infância
38. Tudo o que realmente importa no final é que você amou..
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como você se sinta, levante, se vista e apareça.
44. Produza
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente"

Eu acredito em todas as passagens descritas.
Sabedoria...
Paz...
Saúde para todos.

domingo, 25 de outubro de 2009

ORKUT E SEQUESTROS: COINCIDÊNCIA?

Muita atenção.
Quem está esclarecendo, entende do assunto.
Não custa ter cuidado.

Texto de autoria de Marco André Vizzortti

Professor de Informática da USP

Dêem uma pausa e reflitam sobre a verdade do que está escrito abaixo.

O ORKUT apareceu como uma forma de contatar amigos, saber notícias de quem está distante e mandar recados.

Hoje está sendo utilizado com o propósito de, creio ser o seu maior trunfo, obter informações sobre uma classe privilegiada da população brasileira.

Por que será que só no Brasil teve a repercussão que teve?

Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados de intimidade, de forma tão irresponsável e leviana..

Por acaso você já recebeu um telefonema que informava que seus filhos estavam sendo seqüestrados?

Sua mãe idosa já foi seguida por uma quadrilha de malandros ?

Já te abordaram num barzinho, dizendo que te conheciam faz tempo?

Já foi a festas armadas para reencontrar os amigos de 30 anos atrás e não viu ninguém?

Pois é.. Ta tudo lá.

No ORKUT.
Com cinco minutos de navegação eu sei que quantos filhos você tem, ou se não tem, se tem namorado/a , sei que estuda no colégio tal, ou que trabalha em tal lugar, sei que freqüenta tais cinemas, tais bares, tais festas ... sei nome de familiares, sei nome de amigos; sei sei sei !
E o melhor de tudo, com uma foto na mão!

Identifico seu rosto em meio a multidões, na porta do seu trabalho, no meio da rua. Afinal, já sei onde você está. É só ler os seus recadinhos.

Faço um pedido:

Quem quiser se expor assim, faça-o de forma consciente e depois não lamente, nem se desespere, caso seja vítima de uma armação.
Mas poupe seus filhos, poupe sua vida Íntima.

O bandido te ligou pra te extorquir dinheiro também porque você deixou..
A foto dos meninos estava lá.. Teu local de trabalho tava lá. A foto do hotel 5 estrelas na praia tava lá. A foto da moto que está na garagem estava lá.

Realmente somos um povo muito inocente e deslumbrado.

Por enquanto, temos ouvido falar de ameaças a crianças e idosos.
Até que um dia a ameaça será fato real. Tarde demais. Se você me entendeu, ótimo!

Reveja sua participação no ORKUT, ou ao menos suprima as fotos e imagens de seus filhos menores e parentes que não merecem passar por situações de risco que você os coloca.
Oriente seus filhos a esse respeito ,pois colocam dados deles e da família sem pensar em consequências,fazem isso pelo desejo de participar, mas não sabem ou não pensam no perigo de se dar dados pessoais e da família para que qalquer pessoa veja.

Se acha que não tenho razão, deve se achar invulnerável.

Informo que pessoas muito próximas a mim e queridas já passaram por dramas gratuitos, sem perceber que tinham sido vítimas da própria imprudência.

A falta de malícia para a vida nos induz a correr riscos desnecessários.. Não só de Orkut vive a maioria dos internautas.

Temos uma infinidade de portas abertas e que por um descuido colocamos uma informação que pode nos prejudicar.

Disponibilizar informações a nosso respeito pode se tornar perigoso ou desagradável.
Portanto, cuidado ao colocar certas informações na Internet. Não conhecemos a pessoa ou as pessoas que estão do outro lado da rede. O papo pode ser muito bom, legal.
PS: Passe a todos que você conhece e que utiliza o Orkut, 1Grau, Gazzag, NetQI, Blogs, Flogs, etc..... para que todos tenhamos consciência sobre o assunto e possamos colaborar com a diminuição do crime.


Um abraço, Marco André Vizzortti Professor de Informática da USP (Universidade de São Paulo)
ATENÇÃO ESTA CAMPANHA É MUITO IMPORTANTE PARA SUA SEGURANÇA E DE SEUS FAMLIARES

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fórum de Bom Jesus da Lapa é o 7º do TRT5 inaugurado em dois anos

O professor Rodrigues Pinto discursou agradecendo a homenagem

O presidente do TRT5, desembargador Paulino Couto, inaugurou nesta quinta-feira, dia 15, em Bom Jesus da Lapa, o sétimo fórum da Justiça do Trabalho entregue à população baiana nos últimos dois anos. Depois de Porto Seguro, Itabuna, Vitória da Conquista, Jequié, Jacobina e Teixeira de Freitas, foi a vez de a 'capital baiana da fé' participar de um processo administrativo que retira as varas do interior de uma acomodação precária, na maioria das vezes em casas alugadas, e as coloca em sedes próprias especialmente planejadas para a atividade jurisdicional.

A alocação das unidades nos prédios erguidos recentemente representará mais economia para o Tribunal e maior acessibilidade para o público, que passa a desfrutar de estruturas mais confortáveis, contando com o que há de mais moderno na arquitetura, inclusive equipamentos para portadores de deficiência física, além de localizadas em pontos estratégicos de cada cidade. Em todos os novos fóruns há ainda a possibilidade de ampliação para abrigar uma futura vara, caso o movimento processual assim o exija e a lei o determine.

Durante a inauguração do Fórum Professor José Augusto Rodrigues Pinto, em Bom Jesus da Lapa, o próprio homenageado destacou, em seu discurso, a importância da construção das sete sedes de varas do trabalho no interior. 'Daqui por diante, passo a ter um vínculo espiritual indissolúvel com Bom Jesus da Lapa, um místico rincão da Bahia, aonde se encontram sempre, vindos de todas as partes do Brasil, o sofrimento e a fé, para buscarem juntos o lenitivo das dores físicas e morais', afirmou o professor.

Rodrigues Pinto rememorou sua trajetória como magistrado do TRT5 e a opção pelo magistério e pela pesquisa, que comparou ao trabalho de ourives. 'Reconforta-me e até me envaidece ter contribuído, por mais palidamente que fosse, para manter abertas as portas da Escola Baiana de Direito do Trabalho, inaugurada nos anos 40 do século XX pelo pioneirismo de Orlando Gomes e seus discípulos, hoje rejuvenescida pelo brilho de valores que garimpei anonimamente', disse.

O desembargador Paulino Couto, por sua vez, relatou que, assim que tomou posse na presidência do Tribunal, o titular da Vara de Bom Jesus da Lapa, juiz Marivaldo Pereira, e o presidente da subseção local da OAB, advogado Edvaldo Ramos de Araújo, o procuraram e apresentaram fortes argumentos para a construção do fórum. Completou o ensejo o fato de já haver um terreno doado pela prefeitura municipal para a obra. O presidente do TRT reiterou as homenagens ao professor Rodrigues Pinto lembrando a forma cortês com que ele sempre tratou os alunos, inclusive o próprio Paulino Couto, quando estudante da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia.

Já o juiz Marivaldo Pereira da Silva destacou a importância da Justiça do Trabalho para a Região, cujo desenvolvimento começa a se intensificar. Ele lembrou os desafios de levar a prestação aos 23 municípios da jurisdição e fez um balanço otimista dos resultados até então alcançados. O diretor da Vara, Valman Peixoto, também fez uma breve intervenção na cerimônia, na qual destacou o espírito conciliador da Vara, a qual tem recebido constantes elogios na Ouvidoria do TRT5.

O novo fórum de Bom Jesus da Lapa, que começa a atender ao público na próxima segunda-feira, dia 19, fica vizinho ao fórum do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia na Avenida dos Escoteiros, 150, no bairro do São João. Os telefones continuam os mesmos: (77) 3481-4191 e 3481-4716.

Advogados - A inauguração do fórum foi marcada pelas homenagens prestadas pelos advogados que entregaram placas comemorativos ao presidente do TRT5, ao juiz titular e ao diretor da Vara. O presidente da subseção da OAB, Edvaldo Araújo, foi efusivamente saudado pelos colegas, que reconheceram o seu esforço em prol do novo fórum e da busca de uma solução para uma nova demanda da região, a instalação de uma Vara Federal em Bom Jesus da Lapa.

A cerimônia de instalação contou com as presenças das desembargadoras Dolores Vieira, Maria Adna Aguiar, conciliadora do Tribunal, Nélia Neves e Ivana Magaldi, Ouvidora do TRT. Também estiveram presentes os juízes Elysângela Dickel e Almiro de Sáteles Jr., auxiliares da Vara de Bom Jesus da Lapa; a procuradora Luana Lima Vieira Leal, representando o procurador chefe do MPT na Bahia, procurador Marcelo Brandão; os prefeitos de Bom Jesus da Lapa, Roberto Maia da Silva (presidente da União dos Prefeitos da Bahia), de Serra do Ramalho, Carlos Caraíbas de Souza, e de São Félix do Coribe, Hélvio Estrela, e o vice-prefeito de Paratinga, Climério de Araújo Souza.

Ascom TRT5 - 15.10.2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Respirar é vida

ESQUECEU-SE DE RESPIRAR E MORREU!


Por Giulio Vicini

Mestre em Gerontologia, Psicólogo, Self-Healing Massage Practitioner/Educator, autor do livro Abraço afetuoso em corpo sofrido – Saúde integral para idosos, editado por SENAC-SP.







Minha mulher contou-me, um dia, que, quando pequena, seu João, um vizinho de casa, havia sido encontrado morto logo de manhã em sua própria cama. Seu João era muito conhecido de todas as crianças, pois era um contador de histórias, daquelas que deixam as crianças com a respiração presa, histórias assustadoras. Pequenina, minha mulher perguntou a uma tia como seu João havia morrido e ela lhe respondeu que o velho havia se esquecido de respirar. Esta resposta deixou a menina muito angustiada, pois quando se deitava temia que, ao dormir, pudesse se esquecer de respirar e morrer - como é fácil perturbar a vida de uma criança, até mesmo com brincadeiras que ela não tem condições de assimilar!



Mas, o que parece ser fruto de uma brincadeira de mau gosto não deixa de ser, frequentemente, uma verdade: dia após dia, esquecemo-nos de respirar e acabamos “morrendo” por falta de oxigênio. E não precisa ser velho para isso, pois há muitos jovens nesta condição.




Procurando na Internet, garimpei a notícia de que a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto havia pesquisado efeitos do barulho em ambientes de trabalho, chegando à conclusão, entre outras, de que o barulho, em longo prazo, afeta a capacidade respiratória das pessoas (sem que elas o percebam). Quantos jovens não estão nesta situação, no trabalho, em suas casas ou nos bailes!




Há algum tempo escrevi um artigo sobre depressão para o Portal do Envelhecimento, no qual trazia a opinião de Alexander Lowen de que cinquenta por cento do trabalho terapêutico para vencer a depressão consiste no trabalho corporal para fazer os deprimidos respirarem, a fim de restituir-lhes a vitalidade e fazê-los enraizarem-se no chão, quando estiverem “voando” atrás de ilusões. Quantas pessoas não precisam respirar para se sentirem bem!




Há outras pessoas que precisam descobrir o quão precariamente estão respirando. Uma condição prejudicial à saúde, que deprime a respiração e afeta muitas pessoas em todas as idades, é “o estresse que não pára”, ou distresse.



Distresse, uma palavra ofegante


A literatura médica está farta de artigos sobre estresse e distresse (distinção criada por Harold G. Wolf, 1953), pois este é o mal do século, um mal que se pode prevenir e combater sem remédios, mas que continua assolando nossas vidas por conta da (des)organização social. Se nós não engendramos este mundo, que nos faz adoecer, por nossa livre vontade, nós também acabamos aguentando-o, ao não promovermos as necessárias mudanças em nossos estilos pessoais e sociais de viver.



O estresse (físico-emocional) é o conjunto de modificações que se operam em nosso organismo como reação a estímulos ambientais não usuais (um ataque físico, um desafio importante, uma forte emoção tanto agradável como aversiva, por exemplo). O distresse é a manutenção deste conjunto de modificações em nosso corpo por um período de tempo superior ao que ele pode aguentar sem que ele se desequilibre. Cada um de nós tem uma capacidade própria de lidar com situações estressantes e de aguentá-las e, portanto, um limite pessoal, além do qual nosso organismo se deteriora. Cada um de nós também percebe os estímulos ambientais de forma diferente: alguns podem reagir em sua própria defesa apenas a partir de estímulos fortes de “ataque”; outros podem interpretar, até inconscientemente, como “sinais de perigo” qualquer percepção de ansiedade.


Costuma-se dizer que o estresse é um padrão de comportamento necessário para a sobrevivência (para defender-se dos ataques hostis) e que se construiu ao longo da evolução da espécie humana. É o mecanismo do “lutar ou fugir” e que atua como um sistema de alerta e defesa de si próprio. Faz parte deste padrão de defesa, além da dilatação das pupilas (para enxergar mais), da concentração do sangue nos músculos mais poderosos (para fugir ou lutar) e da aceleração dos batimentos cardíacos (para aumentar o débito sanguíneo), a modificação do ritmo da respiração, de lento para rápido e de sua extensão, de profunda para superficial (para ficar de prontidão). O estresse prolongado (ou distresse) reforça, então, padrões de resposta não saudáveis, pois pereniza, entre outros modos de comportar-se, um tipo de respiração “ofegante”; uma respiração rápida e superficial.





Respirar (bem) é preciso

Estressados ou não, o fato é que durante o dia não percebemos nossa respiração e não tomamos consciência de como respiramos. Quanto mais nos dedicamos com corpo e alma a alguma tarefa, tanto mais estamos sujeitos a sofrer de um padrão “minimalista” de respiração e até a parar de respirar durante lapsos de tempo.


Sabemos que o sangue em circulação em nosso corpo transporta o oxigênio que respiramos para todas e cada uma das células e que quanto menos oxigênio respiramos, menos vitalidade possuímos. Schneider1 afirma que um padrão de respiração superficial contínua reduz a circulação do sangue no corpo, especialmente em sua periferia, provocando nas células, ao mesmo tempo, uma fome de oxigênio e uma alta toxicidade, ocasionando mãos e pés frios, fadiga e perda de concentração e de clareza mental.


As pessoas de maior poder aquisitivo, tendo aprendido a importância de respirar bem, costumam frequentar academias para fazer exercícios aeróbicos, mas elas ainda não se deram conta de que não é suficiente respirar bem apenas durante algum período e mal durante a maior parte do dia. Nosso cérebro precisa entender que necessitamos de respirar plena e profundamente não apenas durante alguns exercícios, mas também quando estamos em situações que não são ideais para a respiração.


Respirar bem significa respirar através do nariz, tanto na inspiração como na expiração. Os pelos e o muco das narinas filtram, aquecem e umedecem o ar que entra pelo nariz, tornando-o mais limpo e respirável pelos pulmões. A boa respiração implica que se expanda bem os pulmões na inspiração e, também, que a expiração seja tão ou mais longa e eficaz que a inspiração. Para respirar bem precisamos expelir o ar pobre em oxigênio que permanece em nossos pulmões.


Não basta tomarmos consciência de que respiramos mal e precisamos respirar melhor, embora este seja o primeiro passo, imprescindível. É necessário “assumir o controle de nossa respiração”, o que é uma ideia revolucionária, para Meir Schneider. Isto se faz preparando o corpo para receber uma respiração profunda, através da percepção da respiração. E por meio da massagem e da visualização, alongando e soltando a musculatura que envolve o tórax, para que ele possa expandir-se com facilidade, praticando exercícios para criar demanda por oxigênio em seu corpo2 .





Os meandros da respiração

Por que, afinal, não respiramos bem? É tão simples respirar! O que dificulta nossa respiração?

Desde pequenos, muitos episódios físico-emocionais (agradáveis, mas, sobretudo desagradáveis) de nossa vida vêm criando tensões em nossos músculos. As tensões que chegam a se organizarem como padrões de respostas às nossas próprias emoções e aos eventos externos que nos atingem moldam nosso próprio organismo, criando zonas de trânsito respiratório livres e zonas de bloqueios. Assim, o ar deveria entrar facilmente pelo nariz, descer suavemente pelos brônquios até a caixa torácica, onde os pulmões deveriam se expandir e contrair livremente, num movimento que vai da garganta até o assoalho do abdômen. A onda inspiratória inicia-se dentro do ventre e se propaga para cima em direção à garganta e à boca. A onda expiratória faz o movimento contrário. Quando há áreas de tensão que bloqueiam a onda, os movimentos respiratórios tornam-se restritos e espásticos.




O movimento respiratório deveria ser percebido como uma energia que escorre por todo o corpo, do topo da cabeça até os pés, tanto na parte da frente do corpo como em sua parte posterior. Mas a vida que levamos frequ entemente cria entraves para o ar e nossa respiração não se mantém em seu estado ideal, tornando-se uma respiração superficial, ofegante, imperceptível à nossa consciência corporal.






Os bloqueios da respiração


Alexander Lowen orienta-nos entre os meandros dos bloqueios respiratórios. Ele observa que se o ventre estiver flácido e as nádegas apertadas há poucos movimentos abdominais nos movimentos respiratórios. A respiração torna-se torácica ou diafragmática como fruto de um anel de tensão em volta da cintura. Observa, também, que as tensões abdominais surgem para reprimir sensações sexuais3 , controlar as funções excretoras e diminuir a dor causada pelo choro persistente da criança que não consegue ser atendida pelos pais4.



As tensões diafragmáticas são originadas pelo medo e produzem uma elevação das costelas inferiores.


Meir Schneider5, por sua vez, observa que “a respiração superficial crônica inibe a expansão do tórax e do diafragma, contraindo os músculos e levando, por fim, ao estreitamento da cavidade torácica, ao arredondamento para frente dos ombros e à distorção da postura do pescoço e da região dorsal superior”. Lowen acrescenta que uma parede torácica rígida também reduzirá as sensações e os sentimentos associados com o coração (o amor não está livre), nesta parte do corpo, afetando a profundidade da respiração.


As tensões nos ombros, que inibem os movimentos naturais de pegar e de estender, também afetam a respiração, impedindo o movimento descendente natural da expiração e evitando uma expiração profunda, a qual evocaria sensações na pélvis. A pessoa fica como suspensa num cabide, elevando o centro de gravidade de seu corpo.


Sempre segundo Lowen, há também inibições, ainda mais relevantes, nos músculos da garganta e do pescoço, as quais se desenvolvem para inibir choro e gritos e que reduzem a absorção de oxigênio – pela contração, diminuindo o nível energético do organismo. Frequentemente estas tensões estendem-se para dentro da cabeça e da boca , fazendo parte de uma inibição do ato de sugar (respirando, sugamos o ar).


Outro anel de tensão, para Lowen, pressiona a base do crânio: espasticidade dos pequenos músculos occipitais e dureza, na frente, da musculatura que movimenta a mandíbula (a contração da mandíbula gera sua posição retraída - significando falta de autoafirmação – ou proeminente - evidenciando uma mandíbula desafiadora, não condescendente). Como as tensões da mandíbula incluem os músculos internos pterigóides6 , que se inserem na base do crânio, este anel de tensão bloqueia o fluxo de sensações do corpo para a cabeça.


Lowen acrescenta que há outros padrões de tensão muscular crônica que perturbam as ondas respiratórias e bloqueiam o livre fluxo das excitações no corpo; tais como, por exemplo: a espasticidade dos músculos longos das costas e das pernas e as áreas de colapso, ou seja, as áreas do corpo em que a rigidez muscular se quebrou por causa de estresse, de forma a se tornarem flácidas.






Enquanto você decide o que fazer

Se você se convenceu de sua necessidade de respirar melhor, certamente quererá tomar algumas providências, como comprar o livro de Meir Schneider, ou seu Cd (ou os dois), ou ainda escolher um terapeuta de Self-Healing®7 para orientá-lo na empreitada de “assumir o controle de sua respiração”. Isto pode demorar algum tempo. Enquanto amadurece sua decisão, você já pode fazer algo por sua respiração, fazendo a prática corporal que lhe proponho a seguir.



Deite-se confortavelmente em lugar silencioso, com uma almofada em baixo dos joelhos, para sentir suas pernas relaxadas (se sentir tensão no pescoço, talvez você prefira colocar uma pequena almofada também em baixo da cabeça). Procure fazer contato com a superfície na qual você se deitou com toda sua coluna, sem esforço, apenas imaginando que ela é feita de borracha e pode adaptar-se totalmente à superfície.


Coloque suas mãos abertas sobre seu abdômen e sinta sua respiração abdominal durante três minutos. Em seguida, durante três minutos, coloque suas mãos abertas sobre seu peito e procure perceber sua respiração peitoral. Perceba ainda se você está sentindo sua coluna respirando, expandindo-se e contraindo-se ritmicamente.


Agora inspire (enchendo abdômen e tórax) contando (devagar) até seis e expire (soltando o ar) contando até oito, durante os próximos três minutos. Se isso for difícil para você, comece inspirando até três e expirando até cinco. (com o treino, você poderá inspirar até 12 e expirar até 16 ou mais – é importante que você demore sempre um pouco mais para expirar do que para inspirar).


Dobre agora os joelhos, apoiando os pés na superfície sobre a qual está deitado (tire antes a almofada que você colocou sob os joelhos). Deite suas pernas dobradas para o lado direito, girando a cabeça para o lado esquerdo. Depois deite as pernas dobradas para o lado esquerdo, girando a cabeça para o lado direito. Faça isso por 20 vezes de forma lenta e ritmada. Ao deitar as pernas de um lado, você sentirá esticar um pouco a lateral de seu tronco do lado oposto. Procure sentir que seu tórax se expande, ao respirar, na parte superior do peito, perto da articulação do ombro. Diga a seu cérebro, que você quer expandir seu tórax assim durante o dia inteiro (ou durante a noite), mesmo quando você não estiver prestando atenção em sua respiração. Se você fizer o movimento das pernas e da cabeça com os braços deitados para trás, a expansão de seu tórax será mais ampla.


Faça isso de manhã, ao acordar, e à noite, antes de dormir, todos os dias. Somente os persistentes serão premiados com uma respiração mais profunda e uma vitalidade renovada.



Notas1 - Ver Meir Schneider, Maureen Larkin e Dror Schneider “Manual de autocura: Método Self-Healing”, editado por Triom,1998, v.1, 3-18.
2 - No livro anteriormente citado de Meir Schneider você encontra 25 práticas corporais simples para aprender a respirar bem. Você pode também usufruir da ajuda de um CD sonoro (“Encontro consigo mesmo”), para conduzir algumas práticas respiratórias, editado pela Associação Brasileira de Self-Healing por autorização da School for Self-Healing, que você pode comprar na Livraria Triom.
3 - As sensações sexuais são geradas no ventre e se propagam por todo o corpo, englobando eventualmente as sensações genitais. São sensações de enlevamento (êxtase), premonitoras de um evento orgásmico, semelhante a um desfalecimento, com perda de consciência (como numa morte). Muitas pessoas reagem com um medo inconsciente dessa “morte” orgásmica e são levadas a reprimir inconscientemente suas sensações sexuais.
4 - “A íntima relação entre respiração, movimento e sentimento é conhecida da criança, porém é geralmente ignorada pelo adulto. As crianças aprendem que segurando a respiração é possível eliminar sentimentos e sensações desagradáveis. Elas encolhem a barriga para dentro e imobilizam o diafragma de modo a reduzir a ansiedade. Ficam deitadas quietas para evitar a sensação de medo. Elas ‘amortecem’ o corpo para não sentir dor (...) quando a realidade se torna insustentável, a criança se retira para um mundo de imagens (grifo do autor), onde o seu ego compensa a perda de sensação corporal através de uma vida fantasiosa ativa.” (in O corpo traído de Alexander Lowen, editado por Summus, São Paulo, 1979, p.20)
5 - Ver obra anteriormente citada.
6 - Dois dos músculos mastigatórios: músculo pterigóide interno ou medial e músculo pterigóide externo ou lateral. A ação do primeiro consiste em fechar a mandíbula e o segundo é responsável por abrir, protundir e mover a mandíbula lateralmente.
7 - Procurar no site www.self-healing.org.br

Respirar é vida

ESQUECEU-SE DE RESPIRAR E MORREU!


Por Giulio Vicini

Mestre em Gerontologia, Psicólogo, Self-Healing Massage Practitioner/Educator, autor do livro Abraço afetuoso em corpo sofrido – Saúde integral para idosos, editado por SENAC-SP.







Minha mulher contou-me, um dia, que, quando pequena, seu João, um vizinho de casa, havia sido encontrado morto logo de manhã em sua própria cama. Seu João era muito conhecido de todas as crianças, pois era um contador de histórias, daquelas que deixam as crianças com a respiração presa, histórias assustadoras. Pequenina, minha mulher perguntou a uma tia como seu João havia morrido e ela lhe respondeu que o velho havia se esquecido de respirar. Esta resposta deixou a menina muito angustiada, pois quando se deitava temia que, ao dormir, pudesse se esquecer de respirar e morrer - como é fácil perturbar a vida de uma criança, até mesmo com brincadeiras que ela não tem condições de assimilar!



Mas, o que parece ser fruto de uma brincadeira de mau gosto não deixa de ser, frequentemente, uma verdade: dia após dia, esquecemo-nos de respirar e acabamos “morrendo” por falta de oxigênio. E não precisa ser velho para isso, pois há muitos jovens nesta condição.




Procurando na Internet, garimpei a notícia de que a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto havia pesquisado efeitos do barulho em ambientes de trabalho, chegando à conclusão, entre outras, de que o barulho, em longo prazo, afeta a capacidade respiratória das pessoas (sem que elas o percebam). Quantos jovens não estão nesta situação, no trabalho, em suas casas ou nos bailes!




Há algum tempo escrevi um artigo sobre depressão para o Portal do Envelhecimento, no qual trazia a opinião de Alexander Lowen de que cinquenta por cento do trabalho terapêutico para vencer a depressão consiste no trabalho corporal para fazer os deprimidos respirarem, a fim de restituir-lhes a vitalidade e fazê-los enraizarem-se no chão, quando estiverem “voando” atrás de ilusões. Quantas pessoas não precisam respirar para se sentirem bem!




Há outras pessoas que precisam descobrir o quão precariamente estão respirando. Uma condição prejudicial à saúde, que deprime a respiração e afeta muitas pessoas em todas as idades, é “o estresse que não pára”, ou distresse.



Distresse, uma palavra ofegante


A literatura médica está farta de artigos sobre estresse e distresse (distinção criada por Harold G. Wolf, 1953), pois este é o mal do século, um mal que se pode prevenir e combater sem remédios, mas que continua assolando nossas vidas por conta da (des)organização social. Se nós não engendramos este mundo, que nos faz adoecer, por nossa livre vontade, nós também acabamos aguentando-o, ao não promovermos as necessárias mudanças em nossos estilos pessoais e sociais de viver.



O estresse (físico-emocional) é o conjunto de modificações que se operam em nosso organismo como reação a estímulos ambientais não usuais (um ataque físico, um desafio importante, uma forte emoção tanto agradável como aversiva, por exemplo). O distresse é a manutenção deste conjunto de modificações em nosso corpo por um período de tempo superior ao que ele pode aguentar sem que ele se desequilibre. Cada um de nós tem uma capacidade própria de lidar com situações estressantes e de aguentá-las e, portanto, um limite pessoal, além do qual nosso organismo se deteriora. Cada um de nós também percebe os estímulos ambientais de forma diferente: alguns podem reagir em sua própria defesa apenas a partir de estímulos fortes de “ataque”; outros podem interpretar, até inconscientemente, como “sinais de perigo” qualquer percepção de ansiedade.


Costuma-se dizer que o estresse é um padrão de comportamento necessário para a sobrevivência (para defender-se dos ataques hostis) e que se construiu ao longo da evolução da espécie humana. É o mecanismo do “lutar ou fugir” e que atua como um sistema de alerta e defesa de si próprio. Faz parte deste padrão de defesa, além da dilatação das pupilas (para enxergar mais), da concentração do sangue nos músculos mais poderosos (para fugir ou lutar) e da aceleração dos batimentos cardíacos (para aumentar o débito sanguíneo), a modificação do ritmo da respiração, de lento para rápido e de sua extensão, de profunda para superficial (para ficar de prontidão). O estresse prolongado (ou distresse) reforça, então, padrões de resposta não saudáveis, pois pereniza, entre outros modos de comportar-se, um tipo de respiração “ofegante”; uma respiração rápida e superficial.





Respirar (bem) é preciso

Estressados ou não, o fato é que durante o dia não percebemos nossa respiração e não tomamos consciência de como respiramos. Quanto mais nos dedicamos com corpo e alma a alguma tarefa, tanto mais estamos sujeitos a sofrer de um padrão “minimalista” de respiração e até a parar de respirar durante lapsos de tempo.


Sabemos que o sangue em circulação em nosso corpo transporta o oxigênio que respiramos para todas e cada uma das células e que quanto menos oxigênio respiramos, menos vitalidade possuímos. Schneider1 afirma que um padrão de respiração superficial contínua reduz a circulação do sangue no corpo, especialmente em sua periferia, provocando nas células, ao mesmo tempo, uma fome de oxigênio e uma alta toxicidade, ocasionando mãos e pés frios, fadiga e perda de concentração e de clareza mental.


As pessoas de maior poder aquisitivo, tendo aprendido a importância de respirar bem, costumam frequentar academias para fazer exercícios aeróbicos, mas elas ainda não se deram conta de que não é suficiente respirar bem apenas durante algum período e mal durante a maior parte do dia. Nosso cérebro precisa entender que necessitamos de respirar plena e profundamente não apenas durante alguns exercícios, mas também quando estamos em situações que não são ideais para a respiração.


Respirar bem significa respirar através do nariz, tanto na inspiração como na expiração. Os pelos e o muco das narinas filtram, aquecem e umedecem o ar que entra pelo nariz, tornando-o mais limpo e respirável pelos pulmões. A boa respiração implica que se expanda bem os pulmões na inspiração e, também, que a expiração seja tão ou mais longa e eficaz que a inspiração. Para respirar bem precisamos expelir o ar pobre em oxigênio que permanece em nossos pulmões.


Não basta tomarmos consciência de que respiramos mal e precisamos respirar melhor, embora este seja o primeiro passo, imprescindível. É necessário “assumir o controle de nossa respiração”, o que é uma ideia revolucionária, para Meir Schneider. Isto se faz preparando o corpo para receber uma respiração profunda, através da percepção da respiração. E por meio da massagem e da visualização, alongando e soltando a musculatura que envolve o tórax, para que ele possa expandir-se com facilidade, praticando exercícios para criar demanda por oxigênio em seu corpo2 .





Os meandros da respiração

Por que, afinal, não respiramos bem? É tão simples respirar! O que dificulta nossa respiração?

Desde pequenos, muitos episódios físico-emocionais (agradáveis, mas, sobretudo desagradáveis) de nossa vida vêm criando tensões em nossos músculos. As tensões que chegam a se organizarem como padrões de respostas às nossas próprias emoções e aos eventos externos que nos atingem moldam nosso próprio organismo, criando zonas de trânsito respiratório livres e zonas de bloqueios. Assim, o ar deveria entrar facilmente pelo nariz, descer suavemente pelos brônquios até a caixa torácica, onde os pulmões deveriam se expandir e contrair livremente, num movimento que vai da garganta até o assoalho do abdômen. A onda inspiratória inicia-se dentro do ventre e se propaga para cima em direção à garganta e à boca. A onda expiratória faz o movimento contrário. Quando há áreas de tensão que bloqueiam a onda, os movimentos respiratórios tornam-se restritos e espásticos.




O movimento respiratório deveria ser percebido como uma energia que escorre por todo o corpo, do topo da cabeça até os pés, tanto na parte da frente do corpo como em sua parte posterior. Mas a vida que levamos frequ entemente cria entraves para o ar e nossa respiração não se mantém em seu estado ideal, tornando-se uma respiração superficial, ofegante, imperceptível à nossa consciência corporal.






Os bloqueios da respiração


Alexander Lowen orienta-nos entre os meandros dos bloqueios respiratórios. Ele observa que se o ventre estiver flácido e as nádegas apertadas há poucos movimentos abdominais nos movimentos respiratórios. A respiração torna-se torácica ou diafragmática como fruto de um anel de tensão em volta da cintura. Observa, também, que as tensões abdominais surgem para reprimir sensações sexuais3 , controlar as funções excretoras e diminuir a dor causada pelo choro persistente da criança que não consegue ser atendida pelos pais4.



As tensões diafragmáticas são originadas pelo medo e produzem uma elevação das costelas inferiores.


Meir Schneider5, por sua vez, observa que “a respiração superficial crônica inibe a expansão do tórax e do diafragma, contraindo os músculos e levando, por fim, ao estreitamento da cavidade torácica, ao arredondamento para frente dos ombros e à distorção da postura do pescoço e da região dorsal superior”. Lowen acrescenta que uma parede torácica rígida também reduzirá as sensações e os sentimentos associados com o coração (o amor não está livre), nesta parte do corpo, afetando a profundidade da respiração.


As tensões nos ombros, que inibem os movimentos naturais de pegar e de estender, também afetam a respiração, impedindo o movimento descendente natural da expiração e evitando uma expiração profunda, a qual evocaria sensações na pélvis. A pessoa fica como suspensa num cabide, elevando o centro de gravidade de seu corpo.


Sempre segundo Lowen, há também inibições, ainda mais relevantes, nos músculos da garganta e do pescoço, as quais se desenvolvem para inibir choro e gritos e que reduzem a absorção de oxigênio – pela contração, diminuindo o nível energético do organismo. Frequentemente estas tensões estendem-se para dentro da cabeça e da boca , fazendo parte de uma inibição do ato de sugar (respirando, sugamos o ar).


Outro anel de tensão, para Lowen, pressiona a base do crânio: espasticidade dos pequenos músculos occipitais e dureza, na frente, da musculatura que movimenta a mandíbula (a contração da mandíbula gera sua posição retraída - significando falta de autoafirmação – ou proeminente - evidenciando uma mandíbula desafiadora, não condescendente). Como as tensões da mandíbula incluem os músculos internos pterigóides6 , que se inserem na base do crânio, este anel de tensão bloqueia o fluxo de sensações do corpo para a cabeça.


Lowen acrescenta que há outros padrões de tensão muscular crônica que perturbam as ondas respiratórias e bloqueiam o livre fluxo das excitações no corpo; tais como, por exemplo: a espasticidade dos músculos longos das costas e das pernas e as áreas de colapso, ou seja, as áreas do corpo em que a rigidez muscular se quebrou por causa de estresse, de forma a se tornarem flácidas.






Enquanto você decide o que fazer

Se você se convenceu de sua necessidade de respirar melhor, certamente quererá tomar algumas providências, como comprar o livro de Meir Schneider, ou seu Cd (ou os dois), ou ainda escolher um terapeuta de Self-Healing®7 para orientá-lo na empreitada de “assumir o controle de sua respiração”. Isto pode demorar algum tempo. Enquanto amadurece sua decisão, você já pode fazer algo por sua respiração, fazendo a prática corporal que lhe proponho a seguir.



Deite-se confortavelmente em lugar silencioso, com uma almofada em baixo dos joelhos, para sentir suas pernas relaxadas (se sentir tensão no pescoço, talvez você prefira colocar uma pequena almofada também em baixo da cabeça). Procure fazer contato com a superfície na qual você se deitou com toda sua coluna, sem esforço, apenas imaginando que ela é feita de borracha e pode adaptar-se totalmente à superfície.


Coloque suas mãos abertas sobre seu abdômen e sinta sua respiração abdominal durante três minutos. Em seguida, durante três minutos, coloque suas mãos abertas sobre seu peito e procure perceber sua respiração peitoral. Perceba ainda se você está sentindo sua coluna respirando, expandindo-se e contraindo-se ritmicamente.


Agora inspire (enchendo abdômen e tórax) contando (devagar) até seis e expire (soltando o ar) contando até oito, durante os próximos três minutos. Se isso for difícil para você, comece inspirando até três e expirando até cinco. (com o treino, você poderá inspirar até 12 e expirar até 16 ou mais – é importante que você demore sempre um pouco mais para expirar do que para inspirar).


Dobre agora os joelhos, apoiando os pés na superfície sobre a qual está deitado (tire antes a almofada que você colocou sob os joelhos). Deite suas pernas dobradas para o lado direito, girando a cabeça para o lado esquerdo. Depois deite as pernas dobradas para o lado esquerdo, girando a cabeça para o lado direito. Faça isso por 20 vezes de forma lenta e ritmada. Ao deitar as pernas de um lado, você sentirá esticar um pouco a lateral de seu tronco do lado oposto. Procure sentir que seu tórax se expande, ao respirar, na parte superior do peito, perto da articulação do ombro. Diga a seu cérebro, que você quer expandir seu tórax assim durante o dia inteiro (ou durante a noite), mesmo quando você não estiver prestando atenção em sua respiração. Se você fizer o movimento das pernas e da cabeça com os braços deitados para trás, a expansão de seu tórax será mais ampla.


Faça isso de manhã, ao acordar, e à noite, antes de dormir, todos os dias. Somente os persistentes serão premiados com uma respiração mais profunda e uma vitalidade renovada.



Notas1 - Ver Meir Schneider, Maureen Larkin e Dror Schneider “Manual de autocura: Método Self-Healing”, editado por Triom,1998, v.1, 3-18.
2 - No livro anteriormente citado de Meir Schneider você encontra 25 práticas corporais simples para aprender a respirar bem. Você pode também usufruir da ajuda de um CD sonoro (“Encontro consigo mesmo”), para conduzir algumas práticas respiratórias, editado pela Associação Brasileira de Self-Healing por autorização da School for Self-Healing, que você pode comprar na Livraria Triom.
3 - As sensações sexuais são geradas no ventre e se propagam por todo o corpo, englobando eventualmente as sensações genitais. São sensações de enlevamento (êxtase), premonitoras de um evento orgásmico, semelhante a um desfalecimento, com perda de consciência (como numa morte). Muitas pessoas reagem com um medo inconsciente dessa “morte” orgásmica e são levadas a reprimir inconscientemente suas sensações sexuais.
4 - “A íntima relação entre respiração, movimento e sentimento é conhecida da criança, porém é geralmente ignorada pelo adulto. As crianças aprendem que segurando a respiração é possível eliminar sentimentos e sensações desagradáveis. Elas encolhem a barriga para dentro e imobilizam o diafragma de modo a reduzir a ansiedade. Ficam deitadas quietas para evitar a sensação de medo. Elas ‘amortecem’ o corpo para não sentir dor (...) quando a realidade se torna insustentável, a criança se retira para um mundo de imagens (grifo do autor), onde o seu ego compensa a perda de sensação corporal através de uma vida fantasiosa ativa.” (in O corpo traído de Alexander Lowen, editado por Summus, São Paulo, 1979, p.20)
5 - Ver obra anteriormente citada.
6 - Dois dos músculos mastigatórios: músculo pterigóide interno ou medial e músculo pterigóide externo ou lateral. A ação do primeiro consiste em fechar a mandíbula e o segundo é responsável por abrir, protundir e mover a mandíbula lateralmente.
7 - Procurar no site www.self-healing.org.br

sábado, 20 de junho de 2009

Vamos nos separar da Bahia!!!!

Um coelhinho felpudo estava fazendo suas necessidades matinais quando olha para o lado, e vê um enorme urso fazendo o mesmo.

O urso se vira para ele e diz: - Ei, coelhinho, você solta pêlos?


O coelhinho, vaidoso e indignado, respondeu:

- De jeito nenhum, venho de uma linhagem muito boa...

Então o urso pegou o coelhinho e limpou a bunda com ele.

MORAL DA HISTÓRIA:

CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS, PENSE BEM NAS
POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS ANTES DE RESPONDER!
--------------------------------------------------------------------------------

No dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso diz:
- Aí, hein, seu urso!

Com toda essa pinta de bravo, fortão, bombado...!

Te vi ontem, sendo somizado por um coelhinho felpudo.

Já contei pra todo mundo!!!

MORAL DA MORAL:


VOCÊ PODE ATÉ SACANEAR ALGUÉM, MAS LEMBRE-SE QUE SEMPRE EXISTE ALGUÉM MAIS SACANA QUE VOCÊ!

----------------------------------------------------------------------------

'O problema do Brasil é que, quem elege os governantes
não é o pessoal que lê jornal, mas quem limpa a bunda com ele!'

Declaro publicamente que gostaria de ver a Bahia dividida para ser melhor administrada.

O oeste baiano não pertence à Bahia.

Devemos nos mobilizar para nos separar, como Tocantins fez de Goiás, contudo, esquecendo este hábito de fronteiras naturais, como o estado Além São Francisco, ou Sul da Bahia.

Que se pegue a área Oeste, abandonada pelo Governo do Estado da Bahia, sem saúde, estradas, escolas, segurança, emprego, e se faça um novo estado membro!

Sugestão de nome? Chapada Diamantina!!!

Capital? Por que não Bom Jesus da Lapa, conhecida mundialmente pela fé???

O SINDACTA já está aqui, mostrando que a cidade é estratégica!

Viva a liberdade de expressão!

Abaixo o anonimato!

sábado, 16 de maio de 2009

Amigos e amigos

Um homem foi comprar jornal com seu amigo.

O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu
um tratamento rude e grosseiro.

Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo sorriu
carinhosamente e com toda atenção, desejou ao jornaleiro um bom final de
semana.

Quando os dois desciam pela rua, o homem perguntou ao seu amigo:

- Ele sempre lhe trata com tanta grosseria?

- Sim, infelizmente é sempre assim.

- E você é sempre tão amável com ele?

- Sim, sempre sou...

- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?

- Porque não quero que ele decida como eu devo agir.

- Nós somos nossos 'próprios donos'. Não devemos nos curvar diante de
qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia,
da impaciência e da raiva dos outros.

- Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os
ambientes.

Para saber quantos amigos você tem, dê uma festa.

Para saber a qualidade deles, fique doente.

(Autor Desconhecido)

domingo, 5 de abril de 2009

Menos feudalismo e mais diversidade

Menos feudalismo e mais diversidade
Jerônimo Mendes

O ambiente corporativo é repleto de profissionais que nada tem a vem com o cargo que ocupam ou a função que exercem. Isso pode nos conduzir a três raciocínios distintos: a pessoa está na função errada; a pessoa fez o curso errado; a pessoa é parente, amigo e afilhado de alguém influente na empresa ou mesmo do profissional responsável pela vaga. Por conta dessa característica generalista, as empresas acabam contratando profissionais totalmente desfocados e muitas vezes inaptos para o exercício do cargo.

Em pleno século 21, isso nunca foi privilégio exclusivo da política. Nas empresas também existem os apadrinhados, os protegidos, os indicados, os bem- relacionados, os amigos dos nossos filhos, da esposa do dono e os filhos dos nossos amigos, os quais, por razões perfeitamente explicáveis, caem numa determinada função e resistem por muito tempo até que a clava do destino os encontre.

Isso é comum e vale desde os tempos dos faraós do Antigo Egito que, por uma questão de lealdade, afinidade e cumplicidade, preferiam indicar e proteger pessoas de sua confiança para manter a prosperidade do reino e quitar dívidas de gratidão com seus respectivos súditos e correligionários.

Na maioria das corporações, é natural ver os executivos formarem suas próprias equipes e, salvo raríssimas exceções, são poucos os que conseguem resistir à tentação de trazer amigos ou parentes para perto de si. Assim nascem os feudos. Algumas empresas são mais conscientes e tentam inibir essa prática mediante aplicação de uma política clara a respeito, algo que nem sempre funciona à risca.

O problema não está na indicação propriamente dita, mas na inércia da substituição, tempos depois, quando o diagnóstico aponta uma indicação errada, o que é facilmente perceptível nos primeiros meses de atuação do indivíduo. O fato é que demitir amigos, parentes e afilhados não é tão simples assim. Organizações inteiras desaparecem da noite para o dia porque, durante muito tempo, diretores e gerentes mantêm na equipe pessoas que não sentem o menor prazer em estar ali, mas aproveitam as benesses do cargo e sugam a empresa até o último dia, em nome de um relacionamento que vira pó no dia seguinte.

Empresas conscientes sabem aproveitar as competências específicas de cada profissional e extrair o melhor da diversidade. O que prevalece é a técnica, a formação, a experiência, a capacidade de se adaptar, de formar um time e de responder assertivamente aos interesses da organização. O sucesso do Google, da Apple, da Microsoft e da The Body Shop não acontece por acaso. São empresas que sabem conviver com todas as cores, culturas, credos e religiões, ingredientes que estimulam a potencialização da criatividade.

A formação de feudos organizacionais inibe a criatividade, o debate e a lógica. Em vez de estimular o crescimento, acirra a competição, estimula a fofoca, desestimula o aprendizado. Mais dia, menos dia, todo feudo criado em benefício próprio tende a ser desmoronando, não importa se é de origem familiar, de um círculo de amigos ou de uma coalização dentro da empresa.

O mundo está caminhando cada vez mais para a diversidade. Não há mais como distinguir entre o preto e o branco, o católico e o muçulmano, o gordo e o magro, pobre e o rico, o calvo e o cabeludo, e assim por diante. Embora sejam características distintas, a convivência organizacional exige bom-senso, respeito, limites, inclusão e igualdade de direitos e deveres.

Dizer que dez mil anos de história vão nos transformar em santos da noite para o dia é pura hipocrisia, porém admitir que somos diferentes uns dos outros e que cada um é especial à sua maneira é um grande começo. A maioria das pessoas é boa numa determinada competência e isso é algo que o apadrinhamento, na ânsia de querer ajudar, não consegue perceber. Ao contrário, indicar alguém inapto para o cargo pode significar desperdício de talento e de energia vital.

Como diz aquela famosa fábula anônima dos animais, se o meu dom é a escrita, o seu pode ser a fala; se o meu é correr, o seu pode ser caminhar devagar; se o meu é voar, o seu pode ser nadar. Portanto, não importa o dom, o credo, a cor e a cultura, cada um do seu jeito completa o outro de algum modo. Nesse sentido, os feudos corporativos nunca evoluem. Para eles, a diversidade é prejudicial, pois seus líderes precisam justamente de pessoas que pensem como eles para manter o sistema.

Quando aceitamos as pessoas como elas são, mesmo quando diferentes de nós mesmo, aproveitamos as vantagens da diversidade e, sejamos honestos, o discurso é muito bom, mas na prática, o ser humano continua altamente seletivo e discriminador. Respeitar as diferenças e conceder a elas oportunidade é o primeiro passo para tornar o ambiente corporativo melhor. Nenhuma organização resiste ao pensamento exclusivamente do líder e seus respectivos protegidos. Pense nisso e seja feliz!

Dedico este texto aos Diretores do TRT da Quinta Região.

Jerônimo Mendes - Ao longo de vinte e cinco anos de carreira, Jerônimo Mendes trabalhou em empresas como Kablin, Bamerindus, Brahma, Texaco, Volvo e CSN. É Professor Universitário, palestrante e administrador de empresas formado pela FAE - Faculdade Católica de Administração e Economia, com curso de especialização em Logística Empresarial também pela FAE e Formação em Consultoria pelo IEA - Instituto de Estudos Avançados, de Santa Catarina. É especialista em empreendedorismo, plano de negócios e gestão de empresas, tendo publicado vários artigos sobre o assunto em jornais, revistas e sites especializados na Internet. Sócio-gerente da Consult Consultoria de Gestão e Treinamento, tem a missão de assessorar empresas em todo o país com treinamentos e consultorias na elaboração de planos de negócios, reestruturação e gestão integral.

sábado, 28 de março de 2009

Escutatória, por Rubem Alves

Escutatória (Rubem Alves)

"Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.

Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.

Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.

Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.

É preciso também não ter filosofia nenhuma.

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.

Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:

Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.

É preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Daí a dificuldade:

A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...

Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.

Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...

E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.

No fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.

Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.

Há um longo, longo silêncio.

Vejam a semelhança...

Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...

Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial.. Aí, de repente, alguém fala.

Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos...

Pensamentos que ele julgava essenciais.

São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.

Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.

Na verdade, não ouvi o que você falou.

Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.

Falo como se você não tivesse falado.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.

É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

E, assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.

E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência...

E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.

No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.

Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...

Que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.

Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto."

Confesso que não sou bom ouvinte, mas tenho a convicção que posso aprender!

terça-feira, 24 de março de 2009

CARTA ABERTA AO ARCEBISPO DE OLINDA E RECIFE, D. JOSÉ CARDOSO SOBRINHO

"CARTA ABERTA AO ARCEBISPO DE OLINDA E RECIFE, D. JOSÉ CARDOSO SOBRINHO

Caro D. José;
Escrevo sobre a excomunhão dos médicos que praticaram o aborto dos
gêmeos da menina estuprada pelo padrasto, em Pernambuco.

Inicialmente, digo que não pretendo questionar ou criticar sua decisão:
o senhor agiu corretamente, em consonância com os dogmas e postulados
da Igreja Católica.

Gostaria de pedir, isso sim, que já que o senhor está tomado pelo
espírito de justiça segundo as Leis de Deus e as normas da Igreja, que
prosseguisse com as excomunhões.

Sugiro, por exemplo, que excomungue os políticos e servidores públicos corruptos, eis que eles violaram um Mandamento da Lei de Deus (não furtarás).

De quebra, o senhor poderia também excomungar os padres pedófilos, já que eles pecaram - de forma gravíssima, pecado mortal! Aliás, eu gostaria de perguntar: o criminoso e pecador padrasto da pobre menina violentada, esse foi excomungado?

Prosseguindo, o senhor deveria excomungar também as mulheres católicas que usam anticoncepcionais e os jovens católicos que fazem sexo antes do casamento usando camisinha, pois eles pecam contra a castidade, usando de artifícios para ter sexo apenas por prazer, e não para procriação.

Também excomungue os católicos divorciados, já que estes estão em permanente adultério. E já que está com a mão na caneta, aproveite e excomungue também os homens católicos que tem amantes, uma vez que estes também são adúlteros.

São as minhas humildes sugestões ao senhor, pelo bem do cumprimento da Lei de Deus!

Atenciosamente,

Alan Lacerda de Souza Advogado e Professor
Brasília/DF

P.S.: A mim o senhor não precisa se preocupar em excomungar: de acordo com o cânon 751 do Cód. de Direito Canônico eu sou um herege, e por iss já fui excomungado latae sententiae, segundo o cânon 1.364, § 1º. Graças a Deus!"

sexta-feira, 20 de março de 2009

VOCÊ É SUBSTITUÍVEL !!!

VOCÊ É SUBSTITUÍVEL !!!


Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E o Beethoven?

- Como? - O encara o diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa história esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substitui Beethoven?
Tom Jobim?
Ayrton Senna?
Ghandi?
Frank Sinatra?
Garrincha?
Santos Dumont?
Monteiro Lobato?
Elvis Presley?
Os Beatles?
Jorge Amado?
Pelé?
Paul Newman?
Albert Einstein?
Picasso?
Zico?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo...

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:
.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça:

Você é um talento único.....com toda certeza ninguém te substituirá.

"A vida é curta, quebre regras, perdoe rapidamente, beije demoradamente, ame verdadeiramente, ria incontrolavelmente, e nunca deixe de sorrir, por mais estranho que seja o motivo.

A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas enquanto estamos aqui, devemos aproveitá-la ao máximo."

quinta-feira, 12 de março de 2009

Vacina anti-câncer

Vacina anti-câncer - REPASSEM A TODOS!

Boas notícias são para partilhar
Já existe vacina anti-câncer (pele e rins). Foi desenvolvida por
cientistas médicos brasileiros, uma vacina para estes dois tipos de
câncer, que mostrou-se eficaz, tanto no estágio inicial como em fase
mais avançada.
A vacina é fabricada em laboratório utilizando um pequeno pedaço do
tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o
médico oncologista do paciente

Nome do médico que desenvolveu a vacina:
José Alexandre Barbuto
Hospital Sírio Libanês - Grupo Genoma.
Telefone do Laboratório:0800-7737327 - (falar com Dra. Ana Carolina ou
Dra. Karyn, para maiores detalhes)
www.vacinacontraocancer.com.br

Isto sim é algo que precisa ser repassado..........Alguém pode estar
precisando !!!!!
Por favor, divulguem esta vitória da medicina genética brasileira!!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA
Miguezim de Princesa


I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a ig reja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na linguiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.


Agradecimentos à Djaman Barbosa

terça-feira, 10 de março de 2009

MATEMÁTICA DE MENDIGO

Tenho que dar os parabéns ao estagiário que elaborou essa pesquisa, pois o resultado que ele conseguiu obter é a mais pura realidade.


Preste atenção...


Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar pelo menos R$ 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = R$6,00.




Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 6 = R$ 1.200,00.
Será que isso é uma conta maluca?

Bom, 6 reais por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centavos e sim 20, 50 e às vezes até 1,00.
Mas, tudo bem, se ele faturar a metade: R$ 3,00 por hora terá R$600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.
Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de R$1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranqüilo debaixo de uma árvore por mais 9 viradas do sinal de trânsito, sem nenhum chefe pra 'encher o saco' por causa disto.
Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.
De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na padaria. Então lhe perguntei quanto ela faturava por dia. Imagine o que ela respondeu?
É isso mesmo, de 35 a 40 reais em média o que dá (25 dias por mês) x 35 = 875 ou 25 x 40 = 1000, então na média R$ 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.
Moral da História :
É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR), e pelo visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo...
Se esforce como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor.
Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arrumar emprego.
E lembre-se :


Mendigo não paga 1/3 do que ganha pra sustentar um bando de ladrão.

Viva a Matemática.

Que país é esse?

Desconheço a autoria...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Quem se habilita?

A arte de gostar de mulher

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na Uerj, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda.

Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: "para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher".

Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou. - Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo.

Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso - afirmou. O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita.

Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente.

Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso.

Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso. É escutar pacientemente todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente é assim porque seu homem não gosta de mulher. O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida.

O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade. "Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro", afirmou Vinícius de Morais no poema Para viver um grande amor.

Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher.

Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostamos de mulher é que conquistamos várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino. Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade.

Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês - por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. É a Have you really loved a woman? do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dá-la apoio, para amar realmente uma mulher.

Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil. Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser macho de verdade para isso. Quem se habilita?

Galera, não sei quem escreveu, mas é isso aí...

terça-feira, 3 de março de 2009

Amigos

Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula.
Seu nome era Kyle.Parecia que ele estava carregando todos os seus livros.
Eu pensei:
'Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve ser mesmo um C.D.F'!
O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol com meusamigos Sábado à tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho..
Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção a Kyle.
Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços, empurrando-ode forma que ele caiu no chão.
Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns metros de ondeele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza em seus olhos.
Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele engatinhavaprocurando por seus óculos.
Pude ver uma lágrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os óculos,disse: 'Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente deviam arrumar uma vida própria'. Kyle olhou-me nos olhos e disse: 'Hei, obrigado'!
Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava.
Por coincidência ele morava perto da minha casa, mas não havíamos nos visto antes, porque ele freqüentava uma escola particular.
Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei seuslivros. Ele se revelou um garoto bem legal.
Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus amigos. Eledisse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais euconhecia Kyle, mais gostava dele.
Meus amigos pensavam da mesma forma.
Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa delivros outra vez! Eu o parei e disse:
'Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa pilha de livros assim todos os dias!'.
Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro anosseguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando estávamosnos formando começamos a pensar em Faculdade.
Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para a Duke. Eu sabia que seríamossempre amigos, que a distância nunca seria problema. Ele seria médico e euia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial denossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C..D.F.
Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estava super contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar.
No dia da Formatura Kyle estava ótimo.
Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola. Estavamais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos.
Ele saía com mais garotas do que eu e todas as meninas o adoravam! Às vezeseu até ficava com inveja.
Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso sobre odiscurso. Então, dei-lhe um tapinha nas costas e disse: 'Ei, garotão, vocêvai se sair bem!'
Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse:
-'Valeu'!
Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso:
'A Formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um treinador, mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar.Voucontar-lhes uma história:'
Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana! Contou a todos como havia esvaziado seu armário na escola, para que sua Mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa.
Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso.
'Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominável!' Eu observava onó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.
Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma gratidão.
Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia.
Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudara vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior.
Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto, uns sobre o outro de alguma forma.

PROCURE O BEM NOS OUTROS!

AGORA VOCÊ TEM 2 OPÇÕES:
1) Passar esta história aos seus amigos ou;

2) Apagar este texto e agir como se ele não tivesse tocado o seu coração.

Como você pode ver, eu escolhi a primeira opção.

Esta mensagem mostra o quanto os meus amigos são importantes pra mim!

Obrigado, Roberto.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Jabor não esqueçe da Bahia

Colunista em crise não consegue voltar das férias

Não consigo ir embora da Bahia. Acabaram minhas férias e continuo aqui. Mesmo que eu viaje depois do Carnaval, levarei a Bahia comigo.

Não se trata de louvá-la; quero entendê-la, não com a cabeça, mas com o corpo, com as mãos, com o nariz, entender como um cego apalpa um objeto, entender por que este lugar é tão fortemente estruturado em sua aparente dispersão.

Aí, descubro que, ao contrário, a Bahia me ajuda a "me" entender. Não sou eu quem olha; a Bahia é que me olha de fora, inteira, sólida, secular, a paisagem me olha e fica patente minha alienação de carioca-paulista, fica evidente meu isolamento diante da vida, eu, essa estranha coisa aflita que está sempre entre um instante e outro, sem nunca ser calmo, inconsciente e feliz como um animal.

Na Bahia, vejo-me neurótico, obsessivo, sempre em dúvida, ansioso. Gostaria de estar na Praia de Buraquinho, quieto, dentro do mar, como um peixe, como parte da geografia e não fora dela. Ninguém aqui se observa vivendo.

Salvador não é uma "cidade partida" como é o Rio, nem a cidade que expele seus escravos, como São Paulo, que um dia será castigada, estrangulada por sua periferia.

Aqui, de alguma forma misteriosa, os pobres e negros, mesmo sem posses, são donos da cidade. A cultura africana que chegou nos navios negreiros, entre fezes e sangue, parece ter encontrado a região ideal neste promontório boiando sobre o mar, batido de um vento geral, para fundar uma cidade erótica e religiosa, plantada nos cinco sentidos, fluindo do corpo e da terra.

Os casarios subiram os montes, desceram em vales por necessidade dos colonos e dos escravos do passado, o espaço urbano foi desenhado pelo desejo dos homens. A Bahia foi o lugar perfeito para a África chegar.

Tudo se sincretiza, natureza e cultura. Espírito e matéria se unem como um bloco só, amores e vinganças fluem no sangue dos galos e dos bodes, esperanças queimam nas velas de sete dias, todas as coisas se amontoam num grande procedimento barroco de não deixar vazio algum, nada que sobre, que fique fora, nada que isole matéria e gente.

Os deuses não estão no Olimpo; são terrenos e florestais, estão na rua, no dendê, dentro da planta. Consciência e realidade não se dividem, o povo e o mundo são a mesma coisa, e isso aplaca as neuroses, as alienações das megacidades, onde o homem é um pobre diabo perdido no meio dos viadutos.

Como nas fotos do Mário Cravo Neto, tudo se une em um só bloco: o alvo pato e a mão negra, a mulher nua e a pedra, o nadador, o sol e a água, as frutas, os cestos e as bocas, as plantas e os pés, os búzios e os segredos, os santos e os orixás, as mãos e o tambor, a fome e a carne, o sexo e a comida.

Tenho uma espécie de inveja e saudade desta cultura integrada, dessa sociedade secreta que vejo nos olhares das pessoas falando entre si, uma língua muda que não entendo, tenho inveja da palpabilidade de suas vidas materiais, tenho inveja da grande tribo popular que adivinho nos becos e ladeiras, das pessoas que riem e dançam nas beiras de calçada, que se amam na beira-mar, tenho inveja desta cultura calma que vive no "presente", coisa que não temos mais nas "cidades partidas", sem passado e com um futuro que não cessa de não chegar. Nesta época maníaca e americana, que se esvai sem repouso, aqui há o ritmo do prazer, a "sábia preguiça solar" de que falou Oswald e que Caymmi professa.

A civilização que os escravos trouxeram criou esta "grande suavidade", este mistério sem transcendência, este cotidiano sem ansiedade, esta alegria sem meta, esta felicidade sem pressa.

Aqui a cultura vem antes da lei. Aqui o soldado na guarita é um negro com passado e orixás, dentro da roupa de soldado. O bombeiro, o vendedor, o pescador, o vagabundo se comunicam e existem antes das roupagens da sociedade. Até se travestem, se fantasiam de si mesmos nos horrendos resorts caretas da burguesia, mas não perdem a alma para o diabo, defendidos pela vigilância de seus Exus.

A sinistra modernidade tenta adquirir a Bahia, possuí-la, apropriar-se das praias, das ilhas, dos panoramas. Mas mesmo o progresso urbano e tecnológico aqui fica domado de certo modo pela cultura, que resiste a esses embates.

Os balneários turísticos aqui me parecem meio patéticos, meio Miami, na vivência luxuosa dos acarajés, camarões e uísques trazidos por serviçais iaôs e mordomos de cabeça feita. Aqui não se vêem os rostos torturados dos miseráveis do Rio e de São Paulo: a pobreza tem uma religião terrena costurando tudo. As festas do ano inteiro não são diversionistas, orgiásticas, para "divertir" - são para integrar.

As festas têm uma religiosidade pagã, sem sacrifícios, sem asceses torturadas de olhos virados para o céu. Nada sobrou do barroco europeu sofrido; só prosperou o barroco gordo, pansexual, com as frutas, os anjinhos nus, os refolhos e os ouropéis invadindo o convulsivo barroco da contra-reforma, com as curvas carnavalescas nas igrejas cheias de cariátides peitudas, sexies, gostosas, como as mulatas do Pelourinho. Não é uma sociedade, mas um grande ritual em funcionamento.

O Brasil aflito, injusto, imundo, inóspito devia aspirar a ser Bahia.

Aqui dá para esquecer o jogo sujo do Congresso em Brasília, revelando a face oculta dos bandidos com imunidade, emporcalhando a democracia, aqui você não morre afogado na enchente da marginal Tietê, nem o Ronaldinho é assaltado com revólver na cabeça.

Não conheço lugar mais naturalmente democrático.

E, por isso, não consigo ir embora.

Vou comprar uma camiseta "NO stress" e ficar bebendo frappé de coco para sempre.